O Ministério da Saúde publicou no Diário Oficial
da União, no mês de maio, a determinação de que em todas as maternidades da
rede pública de saúde deve ser realizada a oximetria de pulso – Teste do Coraçãozinho –, como parte da triagem neonatal
no Sistema Único de Saúde (SUS). Na triagem, a oximetria de pulso é um procedimento simples, rápido e
indolor. Que consiste em medir a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos
do recém-nascido com o auxílio de um oxímetro - espécie de pulseirinha
- instalado nos primeiros dias de vida no
braço direito do recém-nascido e em uma das pernas. O exame já era oferecido em algumas
maternidades da rede pública de saúde e, agora, se junta aos testes do pezinho,
da orelhinha e do olhinho, feitos de forma universal nos recém-nascidos para
identificar doenças e tratá-las precocemente.
O exame detecta a saturação de oxigênio no sangue e pode
identificar cardiopatias (problemas de coração) críticas. “No Teste do Coraçãozinho, se a
taxa de oxigênio estiver abaixo do valor normal, 95% em ambas as medidas (braço
e perna) e diferença menor que 3% entre as medidas do braço em comparação com a
da perna, existe a possibilidade de que o recém-nascido tenha cardiopatia. O
teste é uma triagem e o recém-nascido que apresentar alterações deverá realizar
o ecocardiograma e não receber alta até que o diagnóstico seja esclarecido”, explica a pediatra Tatiana Coimbra,
coordenadora-adjunta de Saúde da Criança e Aleitamento Materno do
Ministério da Saúde.
O teste deve ser feito na maternidade, entre 24 e 48 horas
após o nascimento. De acordo com o Departamento de Cardiologia e
Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de um a dois de
cada mil recém-nascidos vivos apresentam cardiopatia congênita crítica e 30%
destes recém-nascidos recebem alta hospitalar sem o diagnóstico, podendo
evoluir para choque, hipóxia ou óbito precoce, antes de receber tratamento
adequado.
Outros exames que fazem parte da
triagem Neonatal é o Teste da Orelhinha e do Pezinho.
Teste da Orelhinha
O teste da orelhinha virou lei em
2010 e deve ser feito, prioritariamente, durante o primeiro mês de nascimento.
Ele é realizado por fonoaudiólogos e dura de três a cinco minutos. O exame é indolor,
pode ser realizado com a criança dormindo e ocorre por meio de um pequeno fone
colocado na parte externa do ouvido do bebê. Este fone é capaz de gerar
estímulos sonoros que mostram como o ouvido do recém-nascido reage aos sons.
Teste do Pezinho
O teste do pezinho, exame feito a
partir de sangue coletado do calcanhar do bebê, permite identificar doenças
graves, como: o hipotireoidismo congênito, doença metabólicas e doenças que
afetam o sangue. Geralmente são doenças que não apresentam sintomas no nascimento
e, se não forem tratadas cedo, podem causar sérios danos à saúde, inclusive
retardo mental grave e irreversível. Esse teste deve ser feito a partir de 48
horas de vida até 30 dias do nascimento da criança.
Teste do Olhinho
Ele deve ser feito nas primeiras 24 horas de vida do bebê e se trata
de uma luz direcionada ao olho da criança a uma distância de 20 centímetros,
que deve refletir um tom vermelho semelhante ao observado em fotografias com
flash. Caso a cor seja opaca, branca ou amarelada, significa que o
recém-nascido possui alguma patologia e que deve ser tratada.
Referência:
Crédito Foto:
Por Cristiane Souza